domingo, 21 de outubro de 2007
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Notícia recente relacionada com a agricultura
Agricultores do Felgar reclamam indemnizações justas
Barragem do Sabor vai inundar terrenos agrícolas
Cerca de 20 agricultores do Felgar, no concelho de Torre de Moncorvo, criaram um núcleo associativo para salvaguardarem os seus direitos, enquanto proprietários dos terrenos que vão ser inundados pela anunciada barragem do Baixo Sabor.
Barragem do Sabor vai inundar terrenos agrícolas
Cerca de 20 agricultores do Felgar, no concelho de Torre de Moncorvo, criaram um núcleo associativo para salvaguardarem os seus direitos, enquanto proprietários dos terrenos que vão ser inundados pela anunciada barragem do Baixo Sabor.
A futura albufeira vai deixar submersos cerca de 50 quilómetros quadrados de campos de cultivo, abrangendo os concelhos de Torre de Moncorvo, Macedo de Cavaleiros, Alfândega da Fé e Mogadouro. De acordo com o projecto da EDP, a freguesia de Felgar será a mais afectada pela barragem, visto que os agricultores vão perder os terrenos e as casas da lavoura existentes no lugar de Celhades.
"Eu fiz um grande investimento para recuperar a minha casa, que é onde guardo os utensílios e até alguns produtos agrícolas, dado que há terrenos nas margens do rio Sabor que ainda ficam longe da freguesia", afirma José Rachado, agricultor e membro do Núcleo de Agricultores do Felgar. Na óptica deste proprietário, há muitas dúvidas que os agricultores gostariam de ver esclarecidas, nomeadamente ao nível do impacto que a albufeira poderá ter na agricultura tradicional. "O clima pode ser alterado, porque naquela zona vai haver uma maior concentração de humidade. Será que isso irá afectar as culturas que restarem naquela zona?", questiona o agricultor. Além disso, o recém-criado núcleo pretende defender os interesses dos agricultores no que toca às indemnizações. "Nós queremos que as terras sejam bem pagas e que haja valores distintos para os campos que estão a ser cultivados em pleno e para aqueles que estão ao abandono", acrescentou o proprietário. José Rachado afirma que irá perder cerca de 30 hectares de olival e amendoal, onde fez um investimento significativo ao nível da plantação e da implementação de sistemas de rega. Questionado sobre os benefícios que a barragem terá no regadio, o agricultor não se mostra confiante e diz mesmo que, no Verão, quando a água é preciosa, as quotas da barragem deverão estar mais baixas, o que dificultará a rega. Mesmo assim, o presidente da Associação de Agricultores de Trás-os-Montes, Dinis Cordeiro, afirma que a maioria dos agricultores são a favor da construção da barragem e esperam ter benefícios ao nível do regadio. "Penso que vamos ter benefícios ao nível da rega e até dos acessos aos terrenos, uma vez que vão ser criados caminhos para a barragem", salientou António Miranda, agricultor de Felgar. Para que os agricultores recebam um valor justo pelas propriedades, Dinis Cordeiro afirma que a associação está a agendar uma reunião com a EDP para discutir as contrapartidas que serão oferecidas aos homens da lavoura.
Teresa Batista/JORNAL NORDESTEhttp://expresso.clix.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/130629
18:22 Segunda-feira, 1 de Out de 2007
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Características da População Agrícola Portuguesa
Os produtores agrícolas têm uma idade média avançada, verifica-se um envelhecimento gradual entre1989 e 2005. Em 2005, os produtores com 65 e mais anos representavam 47,3%, enquanto que em 1989 eram apenas 28,85%.
Os produtores com menos de 35 anos, em 1989 representavam 6,7%, enquanto que em 2005 passaram para 2,2%.
Entre 1989 e 2005 observou-se, em todos os grupos etários com menos de 65 anos, uma diminuição do seu peso total. Os produtores de 35 anos e menos de 45 anos diminuiriam de 13,4% para 8,6% e os de 45 anos a menos de 55 anos, diminuiriam de 22,4% para 17,6%.
Quadro I- O produtor agrícola segundo a idade
Fonte: INE, 2007
Fonte: INE, 2007
Os produtores com menos de 35 anos, em 1989 representavam 6,7%, enquanto que em 2005 passaram para 2,2%.
Entre 1989 e 2005 observou-se, em todos os grupos etários com menos de 65 anos, uma diminuição do seu peso total. Os produtores de 35 anos e menos de 45 anos diminuiriam de 13,4% para 8,6% e os de 45 anos a menos de 55 anos, diminuiriam de 22,4% para 17,6%.
Gráfico A- Produtor agrícola segundo o nível de instrução em 1989 e 2005.Fonte: INE, 2oo7
Relativamente ao nível de instrução verificou-se um aumento considerável da escolaridade do produtor agrícola. Como refere o Gráfico A, em 1989 predominava o ensino básico ou 1º ciclo com 45%, seguido de 24,2 % de produtores que não sabem ler nem escrever, e 22,9% que sabiam ler e escrever. Em 2005 o panorama é diferente, há um aumento dos produtores agricolas que frequentaram o 1º ciclo do ensino básico com 53%, registou-se um decréscimo na percentagem de produtores que não sabem ler e escrever para 14,2%, e um aumento para o 2º ciclo do ensino básico e para outros niveis de ensino com 7,9% e 9,8 % respectivamente.
Problemas da Agricultura Portuguesa
A agricultura portuguesa continua muito deficitária, a mão-de-obra agrícola continua a ter uma participação fundamentalmente constituída pelo agregado doméstico do produtor. A percentagem de agricultores idosos (com mais de 65 anos) aumentou 19%, representando quase metade dos produtores agrícolas. 1/3 dos agricultores não tem qualquer nível de instrução e formação profissional e apenas cerca de 1500 produtores têm formação agrícola completa (0,9%).
Em 26 anos, a área de cereais para grão decresceu cerca de meio milhão de hectares, devido à redução das terras aráveis. Esta tendência expandiu-se de uma forma geral às restantes culturas temporárias.
Do ponto de vista económico, nos últimos 26 anos, a agricultura teve perda de importância na economia nacional; é uma actividade fortemente dependente de subsídios; os investimentos são aplicados sobretudo em plantações e máquinas; houve um forte aumento do valor dos combustíveis e lubrificantes no consumo interno da actividade agrícola.
Em 26 anos, a área de cereais para grão decresceu cerca de meio milhão de hectares, devido à redução das terras aráveis. Esta tendência expandiu-se de uma forma geral às restantes culturas temporárias.
Do ponto de vista económico, nos últimos 26 anos, a agricultura teve perda de importância na economia nacional; é uma actividade fortemente dependente de subsídios; os investimentos são aplicados sobretudo em plantações e máquinas; houve um forte aumento do valor dos combustíveis e lubrificantes no consumo interno da actividade agrícola.
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